domingo, 19 de julho de 2015

Os Meus Nomes

      Antigamente não se registravam os récem nascidos imediatamente como ocorre hoje e isso aconteceu comigo. Passei a existir oficialmente quando foi feito o registro de nascimento da minha irmã, quatro anos após meu nascimento. Também havia o nome de batismo, que poderia ser diferente do nome de registro, mas esse não foi o meu caso. Antes do registro, por ser pequeno, tive uma variação de apelidos que partiram de pequenininho, pequetitico, tico, kiko. Esse foi o meu primeiro nome e alguns parentes próximos e amigos de infância assim me chamam até hoje, e há um tio que me chama de Chico.

      A partir dos sete anos, quando entrei na escola, passei a ser chamado pelo meu primeiro nome, e por um período curto e apenas por algumas poucas pessoas fui chamado pelo segundo nome. Alguns também me chamam pelo sobrenome, o que não é difícil, pois meu sobrenome é o primeiro de muitas pessoas, ou seja, tenho três nomes. Também me chamaram de Tato e outros apelidos que não pegaram, pelo menos que eu saiba.

      Logo no início da minha carreira de técnico meu nome passou a ser o diminutivo, Cesinha, pois havia outro César que além de ser meu chefe tinha um porte físico maior do que o meu. Vários amigos continuam me chamando assim. Depois que passei a ter cargos de liderança e passei a ter relacionamento com o mercado ganhei um sobrenome, o da própria empresa, pois sempre que se telefona, após o nome sempre vem a pergunta: Cesar, de onde? Para facilitar já é comum dizer logo, é o Cesar da …. Esse é um fato corriqueiro na vida profissional, todos têm esse hábito e já ouvi estórias de conhecidos que tiveram problemas depois de sairem das empresas onde trabalhavam pois perderam a identidade.

      Muitos nomes são utilizados simultaneamente. Durante a vida também sou cliente, paciente, contribuinte e aluno. Já fui chamado de namorado, sou marido há 36 anos, também sou pai e, desde abril, avô, ou se quiserem, vovô. Eu não imaginava que eu iria gostar tanto do último.