Dizem que há duas coisas certas na vida, a morte e os impostos. Pode ser que algum dia escapemos da morte, mas dos impostos, com certeza não. Cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto - que é a soma de tudo o que é produzido no país durante um ano) do Brasil é arrecadado em impostos. Deus e todo mundo indicava que a política econômica do governo estava sendo mal conduzida, menos o próprio e os que dele se aproveitavam. Agora estamos ladeira abaixo com aumento do desemprego, da taxa de juros, do câmbio e da inflação que já está beirando os 8,5% anual e que penaliza justamente os mais pobres. Passadas as eleições o governo anuncia a mudança de rumo da economia e apela mais uma vez para quem paga aumentando os impostos ao invés de cortar suas despesas. Tem governo demais e governança de menos. Só para iniciar é impossível ser eficiente com 38 ministérios. Se começasse reduzindo para 15 já seria uma boa sinalização e excelente economia, além do mais, já que não conseguem estancar a corrupção haveria menos pessoas tentadas a nos roubar.
O chamado contingenciamento de 70 bilhões irá reduzir a verba essencial para a saúde, segurança e educação, ou seja, o que está ruim ficará pior, e nesse momento de crise temos absurdos criados como o projeto do novo prédio para abrigar parlamentares (e um shopping center). Eu proponho deixar o prédio atual como está e reduzir o número de parlamentares, e mais, reduzir a quantidade de assessores dos parlamentares, com certeza iria sobrar espaço. Para que temos 513 deputados? Não precisamos de mais que 200, um apara cada um milhão de habitantes. Para que 81 senadores? Bastariam 26, um por estado e não conte o distrito federal. Para que suplente? Saiu, perdeu! Deixou o congresso para ser ministro? Fica vago até a próxima eleição, assim acaba com essa promiscuidade. Há senador que é nomeado ministro e o suplente assume, e se o governo não confia no suplente para uma votação específica exonera o ministro e esse volta ao senado apenas para votar e em seguida é novamente reconduzido ao ministério. Isso é o cúmulo da desfaçatez. É rir na nossa cara.
Para que existem as emendas parlamentares? Para os políticos venderem favores aos eleitores de "suas bases eleitorais"? Parlamentar precisa é fazer lei, não arrumar verba para quadra de esporte. Acabar com essas emendas faria reduzir, e muito, a vontade de muito picareta se candidatar. Que se acabe com essa excrescência já!
Para que pagamos por mais de 30 partidos políticos se apenas meia dúzia é que dá as cartas? Não precisamos de mais do que 5, os dois de extrema direita e esquerda, os dois moderados de esquerda e de direita e um de centro e chega! Para que pagamos imposto sindical? Para sustentar pelegos? É bom também rever a questão dos subsídios a muitas das entidades ditas não governamentais mas que vivem apenas de verba pública, ou seja, um contra-senso. Uma coisa é ajudar a APAE, outra é sustentar o MST. Não dá para ficar pagando diária para manifestante ( e arruaceiro ) profissional que vai para manifestação de apoio ao governo com diária, alimentação e ônibus com ar condicionado pagos com o nosso dinheiro. Isso não é informação da pseudo "imprensa de direita" eu vi, e mais de uma vez. Congestionamento de ônibus e fila para receber refeição, todos com a camiseta vermelha e bandeirinha do PT e do MST.
Eu gostaria que alguém me desse uma justificativa plausível para que o governo gaste com propaganda. Esse dinheiro seria muito bem gasto se fosse utilizado em campanhas educativas de diversos temas, e o principal deles é a do controle da natalidade. As pessoas têm o direito de ter quantos filhos quiser, mas devem ser instruídas para não ter os que não desejam, pois como se dizia antigamente, a família é a célula da sociedade. Eu também gostaria de saber por que pagamos por uma TV pública que ninguém assiste e que não produz nada de interessante, a ressalva foi a TV Cultura que hoje não é nem sombra do passado, que embora tivesse baixa audiência fazia produções primorosas. Para que mantemos uma TV Câmara? Uma TV Senado? A Voz do Brasil? Entre embaixadas e representações, o Brasil mantém 138 Missões Diplomáticas, para quê? Sabemos que muitas são um luxo só, mas com salários e aluguéis muitas vezes atrasados. Será que umas 50 não seriam suficientes? Não é hora de priorizar aquelas onde há a necessidade de assistência a mais brasileiros e que possuem grande apelo comercial?
Vem de longe a cultura da ineficiência do governo na gestão de obras públicas. É um tal cartel para cá, superfaturamento para lá, aditivos de contratos que não têm fim, obras mal feitas, inacabadas, mal geridas e desnecessárias. Isso em todas as esferas. É tempo de acabar com a ideologia e deixar para o governo apenas a regulação. A execução tem que ser do setor privado que é quem emprega, produz e paga imposto. Uma faxina nos contratos existentes também viria a calhar.
Se começar a desenrolar esse novelo com certeza poderiam cortar os impostos da cesta básica e dos medicamentos o que iria, em muito, melhorar a vida dos mais necessitados, e ainda sobraria dinheiro. Acho que está na hora do governo deixar de pensar em si e pensar no povo. Ter coragem para fazer o certo que é servir ao povo e não servir-se desse.