quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Meu 2015.

      Após uma sequência de anos vitoriosos chegou a inflexão: 2015 não começou bem e terminou pior, agora a curva aponta para baixo. Eu posso dizer que para mim até que não foi dos piores se comparado com o de muita gente. O ano começou frenético e terminou se arrastando. Vi amigos e conhecidos perderem o emprego, tanto aqui, na Bahia, quanto no estado de São Paulo, e isso é péssimo. Alguns perderiam naturalmente, pois as estruturas precisam se renovar, mas a maioria foi por causa da crise econômica e política. As três esferas de poder estão contaminadas por ideologias rasteiras e por vigaristas de todas as espécies, e não há consolo, pois 2016 não parece que será alvissareiro.  A gente não merece isso, mas é o que temos.

      Não consegui cumprir as minhas promessas. Apesar de ter mantido o mesmo peso do final do ano passado não voltei a treinar com a regularidade necessária, e desde o final de setembro estou com uma lesão no joelho esquerdo que dói muito e me levará a uma cirurgia. Segundo o médico eu poderia viver assim, mas a vida de atleta estaria encerrada. Espero ser operado ainda no início do ano para logo aumentar a intensidade e a regularidade dos treinos, pois já estou ativo mas com baixa frequência. Além do que, vou praticar um esporte náutico, embora ainda não tenha decidido qual será.
Menisco Lesionado
      
      Não tenho problemas na família, a única preocupação é com minha mãe que mora sozinha e longe dos 3 filhos, e isso não está bom, precisamos discutir esse caso com mais assertividade. ( Eu fico em Salvador - BA, meu irmão em São Mateus - ES, e a minha irmã em Sorocaba - SP, a mais perto. O nome das 3 cidades começa com S ). Se em 2014 ganhamos um filho quando a nossa filha se casou, agora temos também um neto. Um garoto saudável, com habilidades motoras notáveis para a idade, bonzinho, e que acorda com um bom humor expressivo. A gente está “babando” por ele.
Na praia com o meu netinho. Em 8 meses é a terceira vez que ele vem aqui e a primeira que entra no mar.
      
      Não estudei e vai demorar para que eu encontre algo que eu precise e me atraia. Fiz apenas um curso rápido à distância que foi de pouca serventia, achei-o fraco. Eu leio com alguns propósitos: aprender, distrair e recordar e isso fiz bastante. Ainda que tenha pouco tempo disponível, aproveito-o bem, e esse é um ponto positivo. Novamente não assisti a shows, mas em setembro fiz uma viagem empolgante a Washington, até porque não paguei por ela como já contei em um post do dia 03 de maio. Visitamos, a Nega e eu, vários lugares, fomos a museus incríveis: de história natural, de arte, de escultura, de história e de ciências, além termos ido aos principais pontos turísticos ( a minha foto no blog foi tirada durante essa viagem no Lincoln Memorial ) e também a restaurantes típicos. Ficamos também alguns dias em Las Vegas onde nos encontramos com amigos. Lá passeamos e fizemos algumas compras. Viagem tranquila, o que estragou foi a desvalorização do Real frente ao Dólar, que saiu da casa dos dois e pouco por Dólar, para mais de quatro quando viajamos. Outra vez: eta governo incompetente!
Lidos em 2015. Faltam nessa foto uns dois que estão emprestados.
      
      Profissionalmente também foi um ano turbulento e a minha expectativa foi mudada em função das necessidades, mudou em janeiro e novamente em novembro. Apesar de ainda ter a televisão na veia, hoje o meu trabalho está ligado à infraestrutra de televisão. Aquilo que era figurante em meu trabalho hoje é protagonista, deixei de ser generalista para tentar ser especialista em duas disciplinas. O problema é que precisamos de resultado antes de ter uma equipe bem formada, e o meu estilo não é o “arrasa quarteirão”,  aquele que chega e arrebenta, trabalho melhor construindo aos poucos, mas de maneira sólida. Sinto que terei dificuldade, mas me conheço e sei que tenho uma enorme capacidade de me motivar, igualmente me motivam a dor e o prazer. Se não vou fazer o que mais gosto, vou fazer bem feito o que tem que ser feito porque é um desafio. Vamos, como diz a Ivete Sangalo, pra frente, pra frente...

Prá frente, prá frente...




domingo, 6 de dezembro de 2015

E o Mico Pagou o Pato

      Bem que eu gostaria de escrever só boas notícias, mas o post reflete o meu momento e também o momento que o país atravessa. Só tem más notícias. Ladrões, políticos e políticos ladrões, todos roubando e acusando-se mutuamente, tratando de se safar, mantendo seus mandatos, seus privilégios e nós pagamos a conta. Pagam os que trabalham e muito mais os desempregados. Todos os dias vemos as notícias sobre a redução da atividade econômica e a nação se empobrecendo. Já conseguimos atingir o mesmo resultado de 5 anos atrás, e como ainda vai piorar, tudo indica que essa será mais uma década perdida. Eta administração pública vagabunda!

      Trabalho em Salvador e moro na região metropolitana, aliás, saindo de casa e andando pela praia, em 15 minutos chego a Salvador. Aqui não tem rede de esgoto, tratamento de esgoto então nem se cogita, não há coleta seletiva de lixo e a cidade é suja. Uma boa referência é o meu carro. Não sou daqueles que “amam”carro. Para mim é apenas uma ferramenta, e como não o dirijo pelo lado de fora, não preocupo muito com a limpeza exterior. Em São Carlos eu costumava mandar lavá-lo, em média, a cada 2 meses. Aqui preciso lavá-lo toda semana. Tudo bem que a maresia tem a sua parcela de culpa, mas a poeira, a água nas ruas e o lixo fazem a maior parte do estrago. Como para cada choro tem que vende lenço, eu poderia estar distribuindo renda deixando-o em algum posto ou lava-jato (nome não tão apreciado atualmente), mas ainda não encontrei melhor modelo do que eu mesmo cuidar da limpeza, pois tudo fica longe e perco muito tempo. Estou me aprimorando e já consigo lavar o exterior de um sedam médio com 15 litros de água!

      A falta de tempo e a distância são circunstâncias, mas a falta de saneamento e o lixo na rua mostram o estágio de desenvolvimento das pessoas. Parece que se cuida apenas do que é seu, ou seja, do portão para dentro, o lado de fora não é de ninguém. Assim se acumulam pedra, areia, restos de construção, lixo doméstico e tudo aquilo que é para ser descartado. Há aqui aquilo que se chama de pontos viciados, ou seja, elegem um local para jogar o lixo e que se dane quem mora perto. A prefeitura de Salvador diz que paga cerca de 1 milhão de Reais por dia para qua haja a coleta, mas não resolve, ou seja, poderia ser ainda pior.


Ponto viciado - esse é um dos mais limpinhos

      O trânsito é travado, pois pode-se fazer qualquer barbaridade, óbvio que desrespeitando as regras elementares. Carro sobre as calçadas é o mínimo, e não importa se é na periferia ou em bairros ricos e centrais. Estacionar sobre praças públicas também pode.


Estacionar na praça?  Pode!

      Há uma cena que há muito eu não via, pessoas na rua carregando gaiolas com armadilhas para capturar pássaros. Aqui é normal, vejo isso constantemente, e não são crianças, são adultos mesmo! E nessa semana uma cena foi emblemática. Há nas matas e em muitas praças, pequenos micos, aqui mesmo em frente de casa aparecem vários, e no campus da Universidade Federal há muitos, e eles se utilizam da fiação elétrica para se deslocar. Há poucos dias houve a interrupção da energia elétrica, pois um desse micos causou um curto-circuito na rede de média tensão da rua que cortou um fio e o infeliz bichinho morreu. Caiu completamente desidratado e com membros amputados.

       Seria só mais um acidente, mas o pior foram os comentários, todos culpando o animal. Não é assim! Eles estão aqui porque aqui é o seu habitat. Eles não estudaram eletricidade, tampouco fizeram o curso da NR10 e sobre Sistemas Elétricos de Potência. É nossa obrigação protege-los. As instalações elétricas comercias devem considerar essa hipótese. Já li algo sobre o Pantanal, onde os cabos passaram a ser isolados, pois, devido a envergadura, os Tuiuiús também morriam ao tocar os fios com suas asas. 

      Entristece ver a pouca sensibilidade das pessoas com o meio ambiente, e assim, como dar boas notícias?