Desde que ouvi, na Voz do Brasil, o Aécio dizendo que o voto não poderia ser facultativo porque a nossa democracia ainda não está madura, eu já sabia que ele não teria o meu voto. No entanto, se eu tivesse que decidir entre ele e a Dilma eu votaria nele. Não o farei pois estou no limbo. Quando me mudei para a Bahia já havia terminado o período para a transferência do domicílio eleitoral, e é muito alto o custo para ir a São Carlos para votar. Assim, o Aécio perdeu o meu voto e, provavelmente, o de minha família.
Eu votaria no Aécio contra a Dilma porque acho que a presidente faz um péssimo governo e eu poderia passar horas discorrendo sobre isso, e mais, o PT, partido da presidente, montou uma quadrilha, instrumentalizou as funções públicas e seus objetivos não são republicanos, seu valor maior é assaltar o erário, o que faz com maestria.
Usando minhas faculdades de vidente ouso arriscar um palpite: a Dilma ganhará as eleições no próximo domingo. Fundamento a minha previsão em dois motivos, primeiro, o atual modelo de campanha não prioriza programas ou ideias, mas apenas a sensação e emoção. Segundo, a oposição de hoje não tem capilaridade comparável à do PT.
Apesar de ser uma colcha de retalhos e fisiológico, hoje, o PMDB, é o único partido no Brasil capaz de tirar o PT do governo, mas como ele faz parte da coalizão, aqueles continuarão no comando da nação.
Para ganhar as eleições o candidato precisa estar próximo do voto e o PMDB está. É um partido grande em todos os sentidos, tem grandes bancadas em todas as esferas de poder e em todos os cargos e isso ocorre porque é organizado em todos os municípios. Essa malha é capaz de alavancar qualquer candidatura e minar a adversária.
No Brasil ninguém consegue governar sem o PMDB, e ele descobriu uma fórmula infalível, sendo o coadjuvante, participa do bonus dos acertos e se desconecta do onus dos erros. Nunca é vidraça e sempre é estilingue. Ataca os adversários e faz muxoxo para aumentar a sua participação. Se passa por cordeiro mas, na verdade, é predador, tanto contra os adversário quanto contra os aliados. Gera o “fogo amigo" e não pode ser punido, pois sempre ameaça pular do barco deixando-o à deriva.
Como ninguém é tonto para cortar a própria carne, não se deve esperar dos políticos uma reforma eleitoral drástica que corrija todos os vícios hoje existentes, assim, não haverá mudança significativa a curto prazo. Logo, tchau Aécio, vá descansar e volte daqui a quatro anos com um plano melhor.