É isso que dá eleger qualquer um!
Ontem ouvi na Voz do Brasil que há um projeto em tramitação
na câmara dos deputados e que se for aprovado por uma comissão será remetido ao
senado sem que necessite ser aprovado pelo plenário da câmara. Nada contra os
processos até porque não os analisei, mas tudo contra o projeto.
Os parlamentares que assinam o projeto querem obrigar as
indústrias eletrônicas a instalarem um interruptor em todos os equipamentos novos
para que ao serem desligados cortem completamente o consumo de energia
elétrica. A justificativa é que essa medida “ecológica” contribuiria para a
redução do consumo de energia, mas sem diminuir a comodidade do usuário.
Idiotice pura. Até pelo simples fato de que se o consumidor quiser fazer isso
basta desconectar o cabo da tomada.
Mas quem quer ter que programar o forno de microondas toda
vez que for utilizá-lo? Quem quer primeiro ligar uma chave no televisor, DVD,
Blu Ray ou home teather antes de acioná-lo pelo controle remoto? É claro que
isso irá gerar um incômodo tal como o de acabar com as sacolas plásticas nos
supermercados.
Para que os equipamentos mantenham a programação prévia ou
possam ser acionados por controle remoto algum circuito interno precisa ficar
alimentado durante todo o tempo, e se não for pela própria energia será por
bateria que em algum momento precisará ser carregada, ou seja, irá consumir
energia da mesma maneira pois as baterias não geram energia, apenas acumulam. Além
do que, haverá um processo para a produção de mais baterias, ou seja,
tecnicamente falando, o resultado pode ser pior do que a situação atual.
Sou completamente a favor da redução do desperdício e da
preservação dos recursos naturais, mas sou contra abrir mão do conforto. Não
quero voltar a viver como no tempo das cavernas. O que desejo é que reunindo o
conhecimento existente possam ser criadas maneiras corretas de se utilizar os
recursos. No exemplo das sacolas plásticas que sejam todas biodegradáveis. Quem
quiser utilizar que pague por isso, se não quiser que carregue as sacolas
retornáveis.
Para a admissão em empregos sem a necessidade de formação
específica o mínimo que se pede é o segundo grau completo. Tudo bem que o nosso
ensino não é lá essas coisas, mas o que se exige para que o cidadão seja
deputado federal? Nada. Na última eleição tivemos um campeão de voto
praticamente analfabeto. Não haveria problemas se eles não soubessem ler ou não
fossem especialistas em tudo, mas que utilizassem a verba contratando bons assessores,
mas desse jeito está muito ruim. Talvez a melhor alternativa seja reduzir o
número de parlamentares, pois sendo poucos diminuirá a possibilidade de
cometerem asneiras, ou na pior das hipóteses, ficará mais barato mantê-los.