sábado, 30 de novembro de 2013

Algumas Exceções

      Se o mundo fosse amigável não teria se iniciado com uma explosão, e diariamente somos confrontados com forças naturais que sempre deixam destruição e morte. Somos geneticamente marcados para morrer desde a concepção, e as vidas existentes em nosso planeta são simplesmente parte de uma cadeia alimentar na qual nós, os humanos, estamos no topo.

      Outro dia eu estava conversando e observei a fuga de uma mariposa de um pequeno pássaro. Voava em zig zag, para cima e para baixo, driblava e pousou em uma parede. O pássaro ao tentar pega-la bicou a parede e ela retomou a sua fuga, mas não foi longe. A uns doze metros foi finalmente capturada e quando o pássaro ia fazer sua refeição foi bicado por outro maior e a soltou. Ela foi engolida, em pleno ar, pelo novo e maior agressor. É, a vida não é fácil, não dá para ter prazer somente.

      Pode ser caso de estudo e precisão sociológica, e sem generalizar, porém observo em grande parte, as gerações anteriores a 1970, 1975 foram marcadas pela cobrança, pela obrigação. Não havia bullying, as crianças apanhavam dos professores e depois em casa por tê-los desrespeitados. As gerações posteriores foram criadas no direito, na proteção e na obrigação de ser feliz.

      Em poucos jovens vejo o compromisso com causas que não as próprias, mas falta de educação e de reconhecimento há de sobra. Vejo profissionais de desempenho medíocre reclamando da "falta de reconhecimento" e sempre culpando o outro que se empenhou mais. Vejo pessoas que reclamam de tudo. Do sol, do calor, da falta de vento, do vento em excesso, do frio e da chuva. Se nada muda, reclamam da rotina, se há mudança, não vai dar certo, é impossível! Nunca criaram nada, mas reclamam de quem faz. A vida deles de ser um inferno, nada está bom. É mais fácil escapar de um buraco negro do que ouvir dessas bocas um elogio ou agradecimento.

      Não resta dúvida que as novas gerações têm mais acesso ao conhecimento e talvez até conheçam mais, porém o importante não é tê-lo, é saber o que fazer com ele, e a primeira lição é: não é possível ter prazer durante todo o tempo; alguma adversidade sempre irá atravessar o seu caminho. Supere-a, aprenda com ela, e descubra que um pouco de humildade não faz mal a ninguém. Ainda bem que existem algumas exceções.

domingo, 10 de novembro de 2013

Inspiração

      Minha opinião não vale nada, mas a publico pela necessidade de escrever. Escrever é uma arte, é para quem sabe, e é para poucos. Quem não sabe, mas precisa escrever, tem que se esforçar muito e isso é o que tento fazer.

      Desde o meu último post comecei a escrever várias vezes e não concluí nenhum texto. Foram todos abandonados por falta de conteúdo, conhecimento e ordem na escrita, mas motivos não faltaram. Foram tantos na política, economia, religião, esporte e futilidades, mas nada disso rendeu um texto minimamente aceitável.

      Exatamente por não ter talento preciso de um tempo maior para produzir algo, e tempo nessa época do ano me é um bem muito escasso, e o que me sobra uso para treinar, pois a taxa de triglicérides não me oferece melhor opção.

      Já me disseram muitas vezes que escrever bem é uma questão de prática. Eu concordo, pois tudo na vida é assim. Sempre que nos dedicamos a uma atividade melhoramos nosso rendimento, mas isso apenas não nos torna talentosos, apenas nos deixa melhor que a média.

      A excelência é resultante da combinação de talento, que é inato, e dedicação. Em qualquer atividade para a  qual não se tenha talento e não se pratica, o resultado é medíocre. E as duas combinações: talento sem prática e prática sem talento resultam em um resultado apenas razoável, talvez com um pouco de vantagem para a primeira. Porém quando se tem talento e esse é exercitado o resultado sempre é, no mínimo, bom.

      Uma das práticas da escrita é a leitura, e até isso tenho feito pouco. Muito menos do que gostaria. Não estou fazendo mas também não esqueço. Sei que estou devendo. Espero que em breve eu possa retomar minha rotina e voltar a fazer o que gosto e o que preciso.